FILME A FÚRIA DE TITÃS
Perseu descobre que é o filho mortal de Zeus, mas recusa-se a aceitar tal condição. Ele encontra-se entre a batalha dos deuses e sem ajuda para salvar a cidade e sua família da vingança de seu tio Hades, o deus do submundo. Sem nada a perder, Perseu lidera um grupo de guerreiros em uma perigosa missão para prevenir que Hades cause uma devastação na Terra.
LIVRO A TEOGONIA - A ORIGEM DOS DEUSES
POETAS HOMERO E HESIODO
Homero: o poeta grego
Homero (século IX ou VIII a.C.), considerado o maior e mais antigo dos poetas gregos, foi o fundador da poesia épica. Ele é autor das obras-primas "Ilíada" e a "Odisseia", os dois mais velhos poemas da literatura grega.A "Ilíada" descreve os acontecimentos da Guerra de Troia, que teria ocorrido no século XIII a.C. e as aventuras entre os guerreiros gregos e troianos.A "Odisseia" descreve a aventura do herói Ulisses, em sua volta para a ilha de Ítaca, após a Guerra de Troia.
Biografia de Homero
Homero foi um poeta da Grécia antiga, porém, nada se sabe a seu respeito.
Os gregos do século V a.C. relembravam que, em algum lugar, num passado distante, vivera um homem chamado Homero, que compusera dois grandes poemas épicos: “Ilíada" e “Odisseia”. Mas os próprios gregos da antiguidade sabiam muito pouco a respeito de Homero.
Alguns testemunhos antigos permitem certas deduções sobre a vida de Homero: deve ter vivido entre os séculos IX e VIII a.C., o chamado período homérico, era filho de Meon, e muito cedo ficou órfão de pai e mãe, vivendo em extrema pobreza.
Aprendeu história e música e tornou-se mestre na escola que estudou. Viajou pelo Mediterrâneo em companhia de um mercador.
Segundo algumas lendas, Homero esteve na ilha de Ítaca, onde reuniu dados para descrever a vida de Ulisses – o aventureiro rei da ilha. Nessa cidade, ele teve uma grave doença nos olhos, que o cegou para o resto da vida.
A maior parte das teorias afirma que os poemas só foram elaborados por volta do século IX a.C., ou seja, cerca de 400 anos após a Guerra de Troia.
Homero pode ter sido um rapsodo – trovador – que viajava de cidade em cidade, cantando poemas épicos e histórias de aventuras nas cortes dos reis e nos acampamentos guerreiros.
Na Grécia antiga, as histórias que narravam o cerco e destruição de Troia estavam entre as preferidas dos ouvintes. O poema descreve com detalhes o mundo grego dessa época.
Os Poemas: Ilíada e Odisseia
O tempo escondeu a data da elaboração das duas maiores epopeias gregas: Ilíada e Odisseia. Sabe-se que isso ocorreu entre os séculos IX e VIII a.C.
Os dois poemas apresentam certa unidade entre eles, sende que a diferença que existe é atribuída à diversidade das épocas a que se referem. A Ilíada caracteriza-se pelas aventuras guerreiras da conquista de Troia. Já a Odisseia, descreve a viagem de Ulisses em sua volta para Ítaca, após a Guerra de Troia. No século VII a.C., rapsodos de toda a Grécia recitavam trechos dessas obras, que ficaram conhecidas como poemas homéricos.
Segundo a tradição, o estadista ateniense Pisístrato (605-527) foi quem pela primeira vez mandou colecionar todos os poemas épicos, uma vez que os heróis retratados passaram a servir como padrão de comportamento.
Mais tarde, em Roma, Homero foi o mais bem acolhido dos poetas gregos: lido, admirado, traduzido e imitado por diversos autores épicos, entre eles, Virgílio (século I a.C.) que escreveu a "Eneida". Muitos séculos depois, Luís Vaz de Camões (século XVI) escreveu "Os Lusíadas" e o inglês John Milton (século XIII) escreveu "Paraíso Perdido". Ainda hoje, a expressão "façanhas homéricas" é usada para se referir a grandes feitos ou a grandes aventuras.
Hesíodo foi um dos maiores poetas gregos da Idade Arcaica. Viveu aproximadamente no ano 800 a.C. na Beócia, no centro da Grécia. Passou parte de sua vida na sua cidade natal, a aldeia de Ascra.
Sua obra se encontra ao lado da de Homero, e os dois se destacam por serem os pilares da cultura grega antiga.De acordo com as informações dadas pelo próprio poeta, na obra Trabalhos e Dias, depois da morte do pai, entrou em confronto com seu irmão Perses, pois este corrompeu os juízes locais e tomou a maior parte da herança que correspondia aos dois. Esse fato marcou sua vida e, em suas obras, Hesíodo enaltece a virtude da justiça, cujo símbolo atribui a Zeus.
Um dos eventos que marcou sua vida, foi uma viagem para Cálcis, na ilha de Eubéia (na costa grega), onde foi participar dos jogos funerários realizados em honra de Anfidamos, onde foi o ganhador do prêmio.
Há relatos ainda de sua atividade como pastor, até que lhe apareceram as musas que o inspiraram na composição de sua mais famosa obra “Teogonia”. A partir de então, dedicou-se à Literatura.
Suas obras conhecidas são:
- Teogonia
- Trabalhos e Dias
- O Escudo de Hércules
Do qual este último chegou até nós apenas um fragmento.
Em Os Trabalhos e Dias o poeta relata seus problemas com o irmão Perses, dá informações detalhadas sobre a agricultura, e reflete sobre a importância da justiça e do trabalho. Como são obras bastante diferentes, Teogonia e Trabalhos e Dias, háainda um debate quanto à autoria de Hesíodo.
Hesíodo não se ocupou das aventuras fantásticas dos heróis gregos como fez Homero em seus clássicos Ilíada e Odisséia.
Na obra de Hesíodo encontramos como temas os deuses, que são os regentes do destino do homem, e o próprio ser humano, com suas fadigas e misérias.Para ele, a felicidade consistia no trabalho e no exercício das virtudes morais.
Mesmo tendo sido escrito no século XVIII a.C., uma de suas frases parece ter uma incrível atualidade: "Não vejo esperança para o nosso povo, se ele depender da frívola mediocredade de hoje, pois todos os jovens são indizivelmente frívolos...quando eu era menino, ensinavam-nos a ser discretos e a respeitar os mais velhos, mas os moços de hoje são excessivamente sabidos e não toleram restrições."
POESIA ÉPICA E POESIA LIRICA
O termo épico está relacionado com ações heroicas e feitos grandiosos. Desta forma, a poesia épica ou epopeia é um poema narrativo que contam ações imponentes, principalmente das civilizações antigas europeias, como é o caso da produção poética atribuída a um dos grandes nomes da epopeia, Homero.
Nas obras Ilíada e Odisseia, cânones da literatura ocidental, o fenômeno da epopeia é construído, respectivamente, pelas narrativas dos feitos bélicos e pelo enredo das viagens e aventuras extraordinárias de um dos principais combatentes da Guerra de Troia, Ulisses.
Partindo da análise das produções clássicas, incluindo na lista Eneida, do poeta Virgilio, Aristóteles postulou os elementos temáticos e formais que compõem o que se conhece como sendo a poesia épica. Com relação à forma, os poemas épicos admitem variadas possibilidades, podendo ser versos hexametros (nos textos da antiguidade) e versos decassílabos, como é a grande poesia épica portuguesa Os Lusíadas, de Camões.
Os poetas épicos utilizam os principais artifícios da narrativa: personagens, espacialidade, temporalidade, ação e versos mais longos, permitindo o narrar. Por isso, há uma linha tênue entre a poesia épica e a epopeia que é própria do gênero narrativo.
No que diz respeito à temática, além das ações admiráveis dos heróis, a poesia épica promove um resgate das culturas ancestrais, aquelas advindas da oralidade, sendo comum abordar os rituais religiosos, as festividades populares, as lendas, as teorias filosóficas, os indivíduos considerados mais sublimes como os deuses, os semideuses e até alguns dos cidadãos comuns, que são corajosos o suficiente para mudar a sua realidade e entram para o clã dos seres de nível elevado.
Assim, a poesia épica é uma espécie de canalizadora e difusora dos valores e crenças de uma comunidade. Ao ser o elo entre a simbologia da comunidade antiga e a representatividade da comunidade atual, as histórias épicas podem ser classificadas como primitivas porque configuram a gênese de uma expressão cultural coletiva.
Já a epopeia tem como proposição ser um espelhamento dos indivíduos sublimes, seja em seu heroísmo ou em seu subjetivismo, por intermédio do lirismo. Os contos colhidos da tradição oral ganham novos contornos, o trabalho literário de escrita das grandes ações rompe as barreiras da limitação temporal e espacial, podendo ser revisitados e reelaborados por diversas culturas em variados tempos.
O herói épico é visto normalmente como um indivíduo sagrado, portanto se ele é cultuado, suas histórias com todas as façanhas também devem ganhar um lugar de destaque no panteão da História. Para isso, cabe aos poetas transformar a motivação histórica em estórias, por meio do minucioso ofício literário.
POESIA LIRICA
O gênero lírico é um tipo de produção intimamente ligada à música. O adjetivo lírico está vinculado à lira, um instrumento musical utilizado pelos gregos no acompanhamento dos cantos. Ao final do período medieval, os poemas cantados começam a perder espaço para o texto escrito e os poetas se dedicam ao trabalho formal de suas obras que passam a ter divisões em estrofes, a metrificação dos versos (pelas sílabas poéticas) e as rimas.
Nessa transição de evolução do gênero, os textos passam a ser nomeados como poema lírico ou poesia lírica. Pode-se dizer que a poesia é a independência literária com relação aos instrumentos musicais porque são as próprias palavras, com suas nuances e repetições, que garantem o ritmo e a musicalidade do texto.
A produção lírica é centrada no eu e sua matéria prima são as experiências individuais e subjetivas do artista, sendo temáticas recorrentes: a dor, o sofrimento, a angústia, a alegria, a felicidade, tudo o que possa expressar emoção e sentimento é utilizado pelos poetas. Como o lirismo não pretende ser um diário da rotina do escritor, mas tratar dos seus sentimentos e das suas emoções, surge o conceito de eu-lírico que representa uma espécie de voz que ecoa das impressões e sensações escritas pelo poeta.
O crítico literário Ezra Pound diz algo como “o poeta é antena da raça” e essa metáfora é totalmente sincrônica com a ideia de lirismo. Os poetas líricos são aqueles que adentram e captam o ser das coisas por meio de mecanismos literários que promovem a revelação e desvelamento. Um dos mecanismos mais recorrente é a recordação, contudo, o passado não é mencionado simplesmente para indicar tempo decorrido, mas para expor o sentimento experimento pelo eu-lírico no momento do fato.
No que diz respeito à composição, os poemas líricos podem apresentar forma fixa, como é o caso dos sonetos, e forma livre. O soneto é forma mais tradicional e perpetuada até a modernidade; sua estrutura contempla 14 versos, sendo divididos em dois quartetos (estrofes de quatro versos) e dois tercetos (estrofes de três versos).
Dentre os tipos líricos, existem os poemas denominados:
- Écogla e idílio: destacam situações bucólicas e pastoris;
- Elegia: aborda a morte ou acontecimentos tristes;
- Epitalâmio: homenageia as núpcias;
- Hino: exaltação da pátria ou dos deuses;
- Ode: exaltação (figuras importantes, lugares, entre outras temáticas);
- Sátira: ironiza as fraquezas e os defeitos humanos em todas as esferas (política, social, econômica, entre outras).
A poesia lírica passa por um processo de revitalização e atualização durante o século XX. No Brasil, alguns escritores pertencentes ao Modernismo produzem uma lírica de teor metafísico e atemporal. Poetas como Cecília Meireles e Carlos Drummond de Andrade produzem um lirismo que ao mesmo tempo contempla o fechamento do texto e a sua abertura.
É comum, na lírica moderna um movimento de tradição e ruptura; poemas que centram no mergulho espiritual e emocional do eu e poemas que se abrem de forma transcendental para o lirismo exterior que configura um lirismo mais crítico.
Além disso, o gênero lírico não se prende à poesia, inúmeros textos em prosa contemplam em suas narrativas o caráter lírico inclusive com suas características sonora e rítmica.
DEUSES DA MITOLOGIA GREGA
Os deuses gregos eram divindades adoradas na Grécia Antiga, civilização que existiu entre os séculos XX e II a.C. Essas divindades povoavam os mitos, histórias fantásticas que explicavam desde a criação do mundo ao nascimento da vida e dos seres humanos.
Os deuses e as deusas da mitologia grega eram seres poderosos. Porém, também possuíam muitos sentimentos e muitas paixões tipicamente humanos, como a inveja, o ciúme, a vaidade, o desejo e a ira. De acordo com os mitos, essas divindades tinham o controle de um determinado aspecto da vida ou da natureza e representavam características da existência humana, como a força, a justiça e a sabedoria.
Os 12 deuses do Olimpo
Os deuses olímpicos eram os mais importantes do panteão grego. Eles moravam num palácio localizado no topo da montanha mais alta da Grécia, o Monte Olimpo. De lá, governavam o mundo, aplicando punições e interferindo na vida cotidiana.
Nome do deus/deusa | Nome romano | Quem é |
---|---|---|
Zeus | Júpiter | Senhor dos deuses, chefe supremo, deus dos fenômenos celestes e da justiça. |
Hera | Juno | Deusa da luz, do parto e da fecundidade. É protetora das mulheres. |
Poseidon | Netuno | Deus dos mares e dos rios e senhor das tempestades. |
Ártemis | Diana | Deusa da caça, da vida selvagem e da natureza. É associada à Lua. |
Apolo | Febo | Deus do Sol, da adivinhação, das artes e da beleza. |
Afrodite | Vênus | Deusa da beleza, do amor e da sexualidade. |
Ares | Marte | Deus grego da guerra, da agressividade e da força. |
Hefesto | Vulcano | Deus do fogo (das profundezas da Terra), do artesanato e da metalurgia. |
Atena | Minerva | Deusa da sabedoria e da civilização. |
Dionísio | Baco | Deus do vinho e do teatro. |
Deméter | Ceres | Deusa da agricultura e da fertilidade. É protetora das plantações. |
Hermes | Mercúrio | Deus do comércio, da linguagem e da riqueza. É o patrono dos viajantes. |
Outros deuses e deusas da mitologia grega
Além dos deuses olímpicos, há uma série de divindades e entidades que figuravam nos mitos gregos. Algumas delas, inclusive, já existiam antes do nascimento dos deuses do Olimpo.
Nome do deus/deusa | Quem é |
---|---|
Hades | Deus do submundo, para onde vão as almas dos mortos. É o Plutão da mitologia romana. |
Héstia | Deusa do lar e da hospitalidade. É a protetora da família. Para os romanos, era Vesta. |
Gaia | Deusa da Terra (Mãe-Terra), responsável pela origem de todas as coisas. |
Eros | Deus do amor, do desejo e da paixão. |
Morfeu | Deus dos sonhos. Tem a habilidade de aparecer no sonho das pessoas. |
Asclépio | Deus da medicina. Tem o poder de profetizar. |
Têmis | Deusa da justiça. Era a deusa Justitia entre os romanos. |
Kratos | Titã que personifica o poder e a força. |
Hebe | Deusa da juventude. Servia ambrosia aos deuses do Olimpo. |
Circe | Deusa da feitiçaria, da bruxaria e dos encantamentos. |
Tânatos | Deus da morte, tem a função de levar os humanos ao submundo. |
Pan | Deus dos bosques e dos campos, é patrono dos pastores. |
Fobos | Deus do medo e do pânico. |
Urano | Entidade primordial, é o deus do Céu. É o marido de Gaia. |
Ponto | Deus primordial dos mares, é pai das entidades marinhas. |
Caos | O primeiro dos deuses, é a personificação do vazio original. |
Éolo | Deus dos ventos, rei da ilha de Eólia. |
Eos | Deusa do amanhecer. |
Bia | Titânide que é a personificação da força. |
Perséfone | Deusa da agricultura e governadora do submundo, ao lado de seu marido Hades. |
Nêmesis | Deusa da retribuição, do equilíbrio e da vingança. |
Anteros | Irmão mais novo de Eros, é o deus que vinga o amor não correspondido. |
Hélio | Deus do Sol, conduz diariamente sua carruagem dourada de leste a oeste. |
Éter | Entidade primordial, é a personificação do ar superior, respirado no mundo dos deuses. |
Anfitrite | Deusa dos mares e da vida aquática. É a esposa de Poseidon. |
Anemoi | Filhos de Éolo, são quatro deuses dos ventos (Norte, Sul, Leste e Oeste). |
Deimos | Filho de Afrodite e Ares, é o deus do terror. |
Ênio | Deusa da guerra e da destruição. É irmã de Ares. |
Horas | Filhas de Zeus e Têmis, são as deusas das estações do ano. |
Nice | Deusa da vitória, simboliza o sucesso em todos os ramos da vida. |
Momo | Divindade do sarcasmo, da sátira e da zombaria. |
Nix | Filha do Caos, é a própria personificação da noite. |
Hécate | Deusa da magia, da bruxaria e das encruzilhadas. |
Íris | Deusa do arco-íris e mensageira divina, função posteriormente assumida por Hermes. |
Harmonia | Deusa do entendimento, da conciliação e, como diz seu nome, da harmonia. |
Geras | Filho de Nix (Noite) e Érebo (Trevas), é o deus da velhice. |
Hipnos | Deus do sono. É irmão de Tânatos (Morte) e pai de Morfeu (Sonho). |
Éris | Deusa da discórdia, famosa por ter provocado a Guerra de Troia. |
Eileitia | Filha de Zeus e Hera, é a deusa do parto. |
Érebo | Divindade primordial nascida do Caos. É a personificação das trevas. |
Zelus | Irmão de Bia, Kratos e Nice, é o deus da rivalidade. |
Hemera | Filha de Nix (Noite) e Érebo (Trevas), é a deusa do dia e da luminosidade. |
Moros | Deus do destino. Na mitologia romana, é Fatum. |
Filotes | Divindade primordial que representa a amizade e o afeto. |
Oizus | Filha de Nix (Noite) e Érebo (Trevas), é a deusa da miséria e do sofrimento. |
Óreas | Filhos de Gaia (Terra), são os deuses das montanhas. |